O Manifesto em defesa da Cultura, apresentado publicamente em Lisboa, a 15 de Dezembro de 2011, tem feito o seu caminho e alarga lentamente o seu raio de acção, com novos subscritores, novas vontades e nova dinâmica.
Nunca foi, desde o início, intenção fazer dele um abaixo-assinado. Primeiro que tudo, foi uma posição política ante o precipitar de novos e ainda mais perigosos desenvolvimentos de uma orientação política de destruição do tecido cultural do país, da sua iniciativa e da garantia de serviço público por parte do Estado, como o determina a Constituição da República. Esse primeiro intento foi conseguido, logo com a sessão de apresentação e a relativamente extensa cobertura mediática de que foi objecto aqui, aqui e aqui, para dar apenas alguns exemplos. E também aqui.
Surgiu também da necessidade e da compreensão de que é imperiosa a activação de um movimento em toda a sociedade portuguesa, que tome a cultura como bandeira sua e faça da defesa da cultura também a sua luta. Compreensão, portanto, de que este não pode ser apenas mais um protesto de artistas, invetigadores e técnicos, mas uma iniciativa de cidadãos para cidadãos. É nesta compreensão que reside o traço distintivo deste manifesto.
Finalmente, ele surge como impulso para a acção. Queremos que cada subscritor seja um combatente neste combate comum.
O Manifesto em defesa da Cultura estende-se agora a outros pontos do país. Foi apresentado no passado dia 3, em Évora, numa sessão de sala cheia de gente entusiasmada.
Seguiu-se a apresentação em Beja, uma sessão carregada de intervenções de grande qualidade. Segue-se a apresentação em Portalegre. Um novo encontro do Manifesto em Lisboa terá lugar no Adufe Bar, quinta-feira, dia 1 de Março, às 19 horas.
Além do blogue do Manifesto em defesa da Cultura, contamos ainda com uma página no Facebook. Estes instrumentos de comunicação estão abertos aos vossos contributos: textos, imagens ou outras formas de exprimir as razões porque integraram este Manifesto.
Estamos a produzir testemunhos de subscritores, em vídeo. Estão alojados no You tube este, este, este e este.
Estamos nitidamente a entrar numa fase de transição da “estrutura” de Manifesto assinado para algo de mais dinâmico e a que podemos chamar um movimento. Para discutirmos o lançamento desta nova iniciativa, e continuarmos a analisar a apagada e vil tristeza, que os mandaretes da cultura vão tecendo, convidamos todos os actuais subscritores do manifesto e aqueles que o pretendam subscrever, para nos encontrarmos nas assembleias que se seguirão.